FAQ

ABATE

O abate é a técnica de sacrifício dos animais para o consumo. Como ainda não existe uma legislação específica para essa prática, a mesma deve ser feita de forma humanitária. Sendo aissm, os animais devem ser insensibilizados (na água com gelo) antes do sacrifício. A orientação é buscar o órgão competente (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento - MAPA, seguir a legislação vigente, bem como, as orientações do: CAPÍTULO V - DA DESPESCA DE ANIMAIS DESTINADOS AO ABATE, Instrução Normativa MPA n 4 de 2015 e 2019.

ACLIMATAÇÃO

A aclimatação é o processo que consta em igualar a temperatura da água do transporte dos peixes com a temperatura dos tanques de cultivo. Essa etapa deve ser realizada de forma correta para diminuir ou inibir altas taxas de mortalidade no povoamento e após transporte dos animais. Em caso de pós larva: é recomendável uma velocidade de aclimatação próxima de 1grau a cada 15 a 20 minutos. Por exemplo: se a temperatura da água das embalagens estiver a 22 graus e a temperatura do viveiro estiver a 30 graus, a aclimatação deve ser feita entre 120 a 160 minutos. Isso porque a diferença entre as temperaturas (30-22) foi de 8 graus. Ou seja, 8 graus multiplicado por 15 a 20 minutos. No caso de alevinos: a aclimatação pode ser realizada, em geral, próxima de 1 grau a cada 5 a 10 minutos. Por exemplo: se a temperatura da água das embalagens estiver a 22 graus e a temperatura do viveiro estiver a 30 graus, a aclimatação deve ser feita entre 40 a 80 minutos. Isso porque a diferença entre as temperaturas (30-22) foi de 8 graus. Ou seja, 8 graus multiplicado por 5 a 10 minutos.

ADITIVO ALIMENTAR

Aditivo alimentar é todo e qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos sem o propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento. Nesse contexto, os aditivos são utilizados na aquicultura, como promotores de crescimento e estímulo ao sistema imunológico, para melhorar o ganho de peso e controlar ou diminuir o surgimento de enfermidades. Os benefícios dos aditivos são: aumentam o número de microrganismos promotores da saúde no trato gastrointestinal através da introdução de probióticos pela alimentação ou com o consumo de suplemento alimentar prebiótico; beneficiam seletivamente a composição da microbiota, fornecendo aos probióticos e/ou bactérias benéficas, vantagens competitivas sobre outras bactérias existentes no trato intestinal dos peixes. Um exemplo de aditivo utilizado na aquicultura são os aditivos simbióticos. O aditivo simbiótico é o uso do prebiotico concomitante com o probiotico.

ADUBAÇÃO

QUAIS AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DO USO DE ADUBO ORGÂNICO?

As vantagens do uso dos adubos orgânicos são o incremento do alimento natural, o baixo custo e o aproveitamento de resíduos que possivelmente seriam descartados. Por outro lado é necessário maiores cuidados com a sanidade dos peixes e a qualidade água, princialmente devido ao aumento do consumo de oxigênio dissolvido.

AERAÇÃO

A aeração consiste em inserir oxigênio na água dos cultivos de forma mecanica (por meio de aeradores). Os aeradores devem ser acionados quando: a taxa de oxigênio dissolvido for menor que 4mg/L, houver taxas altas de amônia (acima de 0,02mg/L), houver aumento bruscos de temperaturas (acima de 30 graus), houver altas densidades de estocagem e demais situações críticas de cultivo. Os tipos de aeradores e a potência devem ser escolhidos de acordo com as características e objetivos de cada produção.

ÁGUA

Á Água é um recurso hídrico pertencente a União. Dessa forma, a atividade Aquícola somente pode ser realizada com autorização dos órgãos federais e estaduais envolvidos no processo, bem como, pela legislação atual vigente. Nesse sentido, o monitoramento dos parâmetros da água é uma etapa constante e essencial no cultivo dos animais aquáticos, uma vez que, a qualidade e quantidade de água, permitem ganho em crescimento, melhor conversão alimentar, maior saúde e sobrevivência dos animais, redução do custo de produção, aumento da lucratividade por quilo de pescado produzido e menor risco para o produtor.

ALCALINIDADE TOTAL

A alcalinidade total representa a concentração de íons bicarbonato (HCO3 ), carbonato (CO3 ) e hidroxila (OH ). Em viveiros Com baixa renovação de água e com grande quantidade de microalgas é importante manter níveis de alcalinidade e dureza total acima de 30 mg de CaCO/L. Isso é importante para manter um bom poder tampão da água. A alcalinidade apresenta ligação direta com o valor de pH da água. Dessa forma, quanto maior for a alcalinidade da água, mais elevado podemos esperar que seja o pH. Além disso, pode ocorrer diminuição da alcalinidade total da água do início ao final de um cultivo, em função da geração de acidez e consumo pela respiração dos peixes e os processos de decomposição da matéria orgânica.

ALEVINAGEM

O QUE O PRODUTOR DEVE CONSIDERAR PARA A COMPRA DOS ALEVINOS?

Aspectos que devem ser considerados na compra dos alevinos: historico de qualidade do ornecedor, se possivel o produtor deve conhecer as instalações da alevinagem, acompanhar o transporte, os alevinos devem apresentar tolerância às condições mínimas e máximas do ambiente (adaptabilidade às condições locais); crescimento rápido e alto poder de conversão alimentar e resistência ao manejo de rotina e também às enfermidades mais comuns. Alem disso, o fornecimento deve ser constante e possui preços competitivos.

CASO OS ALEVINOS APRESENTEM ALTERAÇÃO DO COMPORTAMENTO, QUAIS SITUAÇÕES SÃO POSSÍVEIS?

Pode ser alteração do ambiente (tempo chuvoso e nublado) com menor taxa de oxigênio na água; caso os alevinos boquegem próximo a entrada de água ou aeradores indica baixa concentração de oxigênio; pode ter ocorrido manejo incorreto causando estresse nos alevinos; a temperatura da água pode ter sofrido alteração brusca fora dos valores ideais; ou os alevinos apresentam alguma enfermidade.

PORQUE É NECESSÁRIO TER ATENÇÃO NA FASE DE ALEVINAGEM?

Podemos afirmar que os principais fatores que interferem no crescimento dos peixes são: densidade de estocagem, a qualidade da água (temperatura, oxigenio, pH, amônia), a qualidade do alimento, o nível de proteína bruta da ração, o manejo alimentar, o nível de arraçoamento, a espécie de peixe, a idade ou o tamanho do peixe, o sexo e a fase de desenvolvimento.

Alevinos

Os alevinos são os peixes na primeira fase de vida. A produção de alevinos é considerada uma das etapas mais críticas da atividade aquícola. Por isso, o produtor deve esta atento a qualidade e porcetagem de sobrevivência dos alevinos. Os alevinos devem: apresentar coloração uniforme e brilhante; tamanho homogêneo no lote; natação ativa; ausência de lesões e de escamas ao longo do corpo. Os fornecedores de alevinos devem: ser conhecidos no mercado, possuir genética comprovada, tamanho padronizado dos alevinos, quantidade correta, sobrevivência após o transporte e de reversão sexual acima de 98%, no caso das tilápias. Os produtores de alevinos devem: identificar bons fornecedores, preparar adequadamente os tanques de alevinagem, adotar uma fase de berçário e estratégias eficientes na despesca e no manejo dos juvenis, visitar as instalações do fornecedor para avaliar o seu profissionalismo e as condições da alevinagem, acompanhar a etapa de captura, contagem e carregamento dos alevinos junto ao fornecedor.

AMÔNIA

A amônia é o composto nitrogenado resultante do catabolismo das proteínas que são incorporados à água da atividade aquícola, principalmente por meio da alimentação. Pode ser encontrada na forma de amônia (NH3), muito tóxica para os peixes, e amônio (NH4), pouco tóxico. Em grande quantidade, a amônia prejudica o crescimento e a saúde dos animais aquáticos, por isso, seu monitoramento deve ser realizado regularmente. O ideal é que sua concentração esteja abaixo de 0,02 mg/L. Algumas informações relevantes sobre a concentração de amônia na atividade aquícola: 1) Quanto maior for o pH da água, maior será o percentual da amônia total na forma tóxica, ou seja, NH3. 2) Durante a noite o pH da água tende a reduzir, diminuindo a quantidade de amônia na forma tóxica. 3) Amônia, nitrito, e nitrato são compostos nitrogenados que se acumulam na água e podem colocar em risco o desempenho, a saúde e a sobrevivência dos animais aquáticos de produção. 4) Nos cultivos intensivos, os peixes e camarões são alimentados com rações ricas em proteínas que possuem um grupo amino (NH) em sua composição. Dessa forma, uma parte da ração é assimilada (60 a 85%), enquanto outra é excretada nas fezes (15 a 40%), se transformando em amônia.

AQUICULTURA

É a ciência que estuda a produção, reprodução, nutrição e sanidade dos organismos aquáticos, como peixes, moluscos, crustáceos, anfíbios, répteis e plantas aquáticas de forma racional. A Aquicultura utiliza os recursos hídricos (continentais ou marinho), acondicionando espécies aquáticas em um determinado espaço (tanques), por um determinado tempo.

ARRAÇOAMENTO

O arraçoamento é o processo de alimentar os peixes de forma manual ou mecânica. Importante informar que o manejo e a frequência de arraçoamento adequados são determinantes no sucesso do cultivo. Essa ação, se traduz em melhor rendimento do animal e qualidade de água, menor custo e desperdício. Além disso, quando a dieta é dividida em várias refeições diárias, normalmente observa-se uma melhora na digestibilidade, além de redução na excreção.

ASSUNTOS GERAIS

O QUE O PRODUTOR DEVE CONSIDERAR PARA A COMPRA DOS ALEVINOS?

Aspectos que devem ser considerados na compra dos alevinos: historico de qualidade do fornecedor, se possível o produtor deve conhecer as instalações da alevinagem, acompanhar o transporte, os alevinos devem apresentar tolerância às condições mínimas e máximas do ambiente (adaptabilidade às condições locais); crescimento rápido e alto poder de conversão alimentar e resistência ao manejo de rotina e também às enfermidades mais comuns. Alem disso, o fornecimento deve ser constante e possuir preços competitivos.

BIOMETRIA

O QUE É, E PARA QUE SERVE A, BIOMETRIA?

Todo processo de produção necessita de acompanhamento que permita avaliar o crescimento e saúde dos peixes ao longo do cultivo. A biometria é o manejo no qual os peixes são medidos, pesados e verificados. Tais informações permitiram avaliar a saúde dos peixes, ajustes no manejo da produção, principalmente na alimentação.

COMO AS BIOMETRIAS DEVEM SER FEITAS?

Preferencialmente as biometrias devem ser realizadas por amostragem a cada 15 dias. Nesse período os peixes terão crescimento suficiente para que a alimentação seja ajustada. Os peixes devem passar por jejum de 24h; todo material utilizado (puças, rede, baldes, balança e outros) deve ser separados e organizados; priorizar horários com temperaturas amenas (primeiras horas da manhã); realizar a captura dos peixes de forma correta (com menor nível de estresse possível) e não deixar os peixes presos nas redes por longos períodos.

QUAL DEVE SER A AMOSTRAGEM NA BIOMETRIA?

A quantidade de peixes que será amostrado depende da quantidade de peixes que é estocado. Porém, esse valor precisa ter representatividade no lote. Nesse caso, a amostragem pode ser a partir de 5% do total de peixes de cada lote. Utiliza-se balde ou puça para a pesagem e sugere-se inserir sal na água dos baldes na dosagem de 5g/L para estimular a produção de muco e proteger os peixes contra possíveis injurias. ATENÇÃO: os peixes devem ser devolvidos aos tanques de cultivo com cuidado.

BIOMETRIA

A biometria é o processo realizado para verificar o peso e o comprimento dos peixes. Esse processo possibilita ajustar a quantidade de ração ofertada por dia e acompanhar o crescimento dos animais. Pode ser feito de forma individual ou por amostragem e preferencialmente, a cada 15 dias. No final do cultivo pode ser realizada, mensalmente. Importante informar que os peixes devem ficar em jejum por pelo menos 24h, antes do processo. Metodologia da biometria: Escolha um balde, peneira ou caixa que drene rapidamente a agua; descarte a tara do recipiente escolhido na balanca; com o puçá capture uma quantidade de peixes e transfira para o balde; pese os peixes e antes de devolve-los ao viveiro ou tanque-rede, conte-os, anote o peso e avalie a presença de injurias.

BOAS PRÁTICAS

As Boas Práticas de Manejo (BPM) são recomendadas para reduzir eventuais impactos ambientais negativos provenientes do cultivo dos animais aquáticos. Tem a finalidade de contribuir para a melhoria da qualidade da água e dos índices de desempenho zootécnico, de forma a aumentar a produtividade e a rentabilidade da produção. Sugestões de Boas Práticas de Manejo em Viveiros: a) evitar o uso de rações com níveis excessivos de proteína; b) respeitar as biomassas e taxas de alimentação de acordo com a capacidade de aeração, de suporte e de renovação de água; c) realizar controle do fitoplâncton; d) manter adequados níveis de oxigênio em toda a coluna d’água através, principalmente, da aeração noturna; e) não aplicar ou minimizar o uso de fertilizantes nitrogenados e de adubos orgânicos. Sugestões de Boas Práticas de Manejo em tanques-rede: a) uso de rações de alta qualidade; b) respeitar as biomassas e taxas de alimentação de acordo com a capacidade de suporte; d) tanques-rede de tamanho, estrutura e material adequados ao objetivo da produção; e) densidade e especie adequadas.

calagem

A calagem é o processo na qual se insere calcário agrícola ou cal hidratada no fundo dos viveiros para elevar a alcalinidade e a dureza da água em proporções similares. Além disso, a calagem interfere no pH da água e possui ações desinfetantes. Manejo da calagem: deve ser feita nos viveiros vazios, sendo a cal hidratada aplicada a lanço diretamente sobre a água. Sugestão: a cal hidratada não deve exceder 150 kg de cal/ha por dia.

CONVERSÃO ALIMENTAR

A conversão alimenntar é o índice que expressa quantos quilos de ração foram utilizados para cada quilo de ganho de peso dos peixes. Informações importantes em relação a conversão alimentar: 1) Quanto menor a conversão alimentar melhor rendimento para a produção. 2) A conversão alimentar é influenciada pela qualidade da água e da ração, bem como, pela quantidade da ração e frequencia do arracoamento. 3) “Quanto mais ração um peixe come por dia, mais rápido ele cresce, porém pior fica a conversão alimentar.” São fatores que influenciam no melhor índice de conversão alimentar: - A espécie de peixe cultivada, - O peso médio final almejado, - A qualidade da ração (nutricional e física), - O manejo da qualidade da água, - a disponibilidade de alimentos naturais e outros.

CUSTO DE PRODUÇÃO

Os custos de produção são aqueles ligados ao processo produtivo, podendo ser divididos em custos indiretos, material e mão-de-obra. Sugestões de algumas estratégias para reduzir os custos de produção: a) Investir em genética; b) Mecanizar algumas atividades (alimentação, biometria, despescas e classificação); c) Inserir tecnologia na produção; d) Eliminar impostos incidentes sobre as rações (setor deve articular junto ao Governo Federal).

DENSIDADE DE ESTOCAGEM

QUAL A IMPORTÂNCIA DA DENSIDADE DE ESTOCAGEM NA PISCICULTURA?

No cultivo de peixes quanto maior a densidade, maior a produção por área. Porém, densidades muito elevadas podem causar pior qualidade da água, altos níveis de estresse e maior susceptibilidade dos peixes as enfermidades. Dessa forma, os peixes param de crescer e piora a conversão alimentar. Por isso, a escolha da densidade é muito importante para a piscicultura, pois se busca a maior produtividade de peixes saudáveis de tamanhos homogeneos em menor espaço de tempo.

QUAIS FATORES DETERMINAM A DENSIDADE ADEQUADA?

Nesse sentido leva-se em consideração o sistema de cultivo, a espécie a ser cultivada, a qualidade e quantidade de água disponível, o peso final a ser alcançado, a estrutura de produção e os insumos disponíveis.

DENSIDADE DE ESTOCAGEM

A densidade de estocagem é a quantidade de animais que são inseridos nos tanques, em um determinado espaço e tempo de cultivo. São fatores que interferem na densidade de estocagem: - Espécie; - Estágio de desenvolvimento e tamanho do peixes; - Sistema de criação empregado; - Qualidade e quantidade de água; - Capacidade de suporte dos tanques.

DEPURAÇÃO

A depuração é o processo em que os peixes sao mantidos em tanques menores, geralmente de alvenaria, com agua limpa, entre 24 a 48 horas, sem receber alimentação (ração).

DESPESCA

APÓS A DESPESCA COMO PROCEDER COM OS PEIXES?

o pescado deve ser conduzido vivo ao entreposto em caixas de transporte oxigendadas e com temperatura da água reduzida ( por meio de adição de gelo), local que será abatido e processado.

COMO DEVE SER O PROCESSO DE DESPESCA (RETIRADA DOS PEIXES DOS TANQUES PARA COMERCIALIZAÇÃO)?

A despesca ocorre quando os peixes atingem o peso ideal de abate, por volta de 1Kg, ou de acordo com o peso que o mercado definir. O processo de despesca deve ser planejado e realizado em dias e horários de temperaturas amenas. Além disso, todo material (balança, baldes, redes, caixas, puçás e outros) necessita ser disponibilzado e organizado com antecedência. Isso evita transtornos e menor estresse dos peixes. Em tanques-rede com estruturas flutuantes, geralmente é utilizada uma pequena plataforma para a despesca. No caso de viveiros, se diminui o nível da água, passando-se em seguida uma rede de arrasto.

DESPESCA

A despesca é o processo que consta de retirada dos peixes dos viveiros ou tanques-rede para comercialização. Como deve ser feita a despesca: a) Suspender a alimentação dos peixes no mínimo 24 horas; b) Realizar o processo em temperaturas, do dia, mais amenas; c) Manejar de forma eficiente para evitar o estresse dos animais; d) Planejar com antecedência; e) Separar os equipamentos; f) Treinar a equipe; g) Providenciar toda a documentação para a venda.

dureza total

A dureza total é a concentração de íons metálicos presentes na água, em particular o cálcio e o magnésio. Esse parâmetro indica se a água do cultivo possuem menor (água mole) ou maior (água dura) quantidade de sais.

ENFERMIDADE

A enfermidade se traduz nos peixes pela aparição de anomalias do comportamento (sintomas) e/ou da integridade corpórea (lesões). Importante informar que a ocorrência de enfermidades deve ser controlada de imediato, uma vez que o meio aquoso favorece a disseminação de microrganismos e em especial os patogênicos. Além disso, o aumento de problemas ocasionados por doenças leva a perdas significativas na produção aquícola, afetando o desenvolvimento econômico do setor.

ESTRATÉGIA ALIMENTAR

A estratégia alimentar é uma etapa de relevância e deve ser realizada de forma correta. Para alevinos e/ou juvenis de 5 e 100g seria ideal ofertar 6 refeições diarias; para juvenis de 150 a 200g oferecer 4 refeições diárias; e para peixes adultos acima de 600g pode-se oferecer 2 refeições diárias.

ESTRATIFICAÇÃO TÉRMICA

Estratificação témica é o processo em que a temperatura das camadas de água do tanque são diferentes, em função da profundidade. Essa diferença de temperatura se apresenta de forma negativa para os cultivos.

ESTRESSE

O estresse é uma reação natural do organismo ocorrendo quando situações de perigo ou ameaça, provocam alterações físicas e comportamentais. A reação ao estresse é uma atitude biológica necessária para a adaptação às situações adversas. Nos cultivos os peixes são expostos a vários agentes estressores (agentes químicos, físicos e biológicos), situação que pode favorecer o surgimento de enfermidades. Além disso, quando um peixe fica estressado ocorre sensibilidade no sistema imunológico e alteração na composição molecular que irá refletir no sabor e na qualidade nutricional do peixe.

EUTROFIZAÇÃO

A eutrofização é o processo através do qual um corpo de água adquire níveis altos de nutrientes (fosfatos e nitratos), provocando o posterior acúmulo de matéria orgânica em decomposição. Esse processo causa efeitos negativos aos cultivos de animais aquáticos.

FITOPLÂNCTON

Fitoplâncton são organismos aquáticos que produzem oxigênio e removem gás carbônico da água durante o dia (via fotossíntese), absorvem amônia (usada como fonte de nitrogênio), impedem o desenvolvimento de plantas e algas filamentosas no fundo dos viveiros (diminuem a entrada de luz e competem por nutrientes) e ainda servem de alimento natural para algumas espécies de peixes. Informações importantes sobre o fitoplâncton: *O excesso de fitoplâncton é um grande problema da atividade aquícola, uma vez que é responsável pela falta de oxigênio no ambiente. Isso se torna ainda mais grave quando a incidência de luz é reduzida em dias nublados e chuvosos. * Os fitoplânctos são responsáveis pela maior parte do oxigênio consumido durante o cultivo (cerca de 60%). * O oxigênio produzido pela fotossíntese e acumulado durante o dia precisa ser suficiente para ser fornecido a todos os organismos durante a noite, período em que não há produção de oxigênio. * O fitoplâncton causa déficits de oxigênio durante as madrugadas e aporta grandes quantidades de gas carbônico (níveis críticos acima de 20 mg/L) nas primeiras horas da manhã, especialmente em tanques com água de baixa alcalinidade total. *O fitoplâncton não produz oxigênio a noite pois não há fotossíntese, mas continua consumindo e competindo pelo oxigênio no cultivo. * O fitoplâncton consome 3 ou 4 vezes mais oxigênio do que toda a população de peixes em um viveiro. * As cianobactérias ou algas azuis esverdeadas (exemplos de fitoplâncton) podem causar irritação nas brânquias e toxidez aos peixes, reduzir o apetite e diminuir o crescimento dos animais, favorecendo a ocorrência de doenças, mortalidade crônica e problemas de mau sabor nos peixes (“off flavor). Ações que interferem na aprodução de fitoplâncton nos cultivos: 1) restrição da taxa de alimentação; 2) uso de ração de melhor qualidade (mais digestível e que deixe menos resíduo na água); 3) taxa de renovação de água; 4) redução na disponibilidade de fósforo (fosfatos); 5) aplicações de algicidas (sulfato de cobre, por exemplo) e 6) bloqueio de luz (plantas aquáticas flutuantes).

INVERSÃO TÉRMICA

A Inversão Térmica é um processo que pode ocorrer no caso de ventos fortes ou chuvas, devido a mistura da água, provocandorápida redução do oxigênio dissolvido e mortalidade massiva dos peixes. (lê Estratificação Térmica)

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

O QUE É IMPORTANTE SABER SOBRE LICENCIAMENTO AMBIENTAL?

Por utilizar recursos naturais e ser considerada potencialmente poluidora, a atividade de piscicultura está sujeita a obrigatoriedade do licenciamento ambiental, com normas e critérios estabelecidos pela Resolução n° 413, de 26 de junho de 2009 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).

O QUE É LICENÇA AMBIENTAL?

É o ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente avalia e estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, para localizar, instalar, operar e alterar empreendimentos ou atividades efetiva ou potencialmente degradadoras.

MANEJO ALIMENTAR

O Manejo Alimentar é uma importante atividade de rotina dentro de um sistema de produção de animais aquáticos. Portanto, deve ser levado em consideração os hábitos do animal, o sistema de cultivo, a produtividade natural, as condições climáticas o manuseio do alimento, entre outros aspectos. Informações importantes sobre as vantagens de um bom manejo alimentar: - Melhora o crescimento dos peixes e aumenta o número de ciclos anuais; - Melhora a eficiência alimentar, minimizando os custos de produção; - Reduz o impacto poluente dos efluentes da piscicultura intensiva; - Melhora saúde e maior tolerância dos peixes às doenças e parasitoses; - Melhora tolerância dos peixes ao manuseio e ao transporte; - Incrementa o desempenho reprodutivo e a qualidade das pós-larvas e alevinos; - E, finalmente, otimiza a produção e maximiza as receitas da piscicultura.

NITRITO E NITRATO

O nitrito e o nitrato são produtos tóxicos da oxidação da amônia feito por bactérias nitrificadoras, principalmente em viveiros que recebem grandes quantidades de ração. (Lê amônia) Informações importantes sobre nitrito: - O nitrito presente no sangue dos peixes se liga a hemoglobina (proteína responsável pelo transporte de oxigênio para as células, tecidos e órgãos do corpo) impedindo o transporte do oxigênio. - O grau de toxidez por nitrito pode ser determinado pela abundância de meta hemoglobina no sangue dos peixes. Quando a porcentagem de meta hemoglobina ultrapassa a 5% da hemoglobina, os peixes podem sofrer déficits de oxigênio, mesmo com adequados níveis de oxigênio na água. - Quando os peixes estão intoxicados por nitrito, há uma alteração na coloração do sangue. Essa condição é chamada de “síndrome do sangue marrom” e pode levar os peixes à morte, com sintoma parecido com o da falta de oxigênio na água. Esta coloração marrom pode ser observada examinando as brânquias ou por meio de um corte no pedúnculo caudal do peixe. - As condições que facilitam o aparecimento de nitrito são baixas temperaturas da água e baixas concentrações de oxigênio.

NUTRIÇÃO

DE QUE FORMA A QUALIDADE E QUANTIDADE DA RAÇÃO OFERECIDA AOS PEIXES INFLUENCIA NA PRODUÇÃO?

Este é um fator de extrema importância. O oferecimento de quantidades inadequadas de alimento ou problemas de balanceamento das rações pode causar carências nutricionais nos peixes, levando a baixos índices de crescimento, alta conversão alimentar e pior qualidade dos parâmetros da água.

COMO SE DETECTA A CARENCIA NUTRICIONAL NOS PEIXES?

Esse item merece atenção pois os sinais de má nutrição podem se confudir com os sinais causados por doenças. Entre esses sinais, estão: crescimento lento, pior conversão alimentar, anemia, deformidades na coluna vertebral, baixa resistência e mortalidade crônica.

QUAL A CONSEQUENCIA DO USO DE RAÇÃO DE BAIXA QUALIDADE?

As rações de má qualidade possuem menor estabilidade na água, baixa digestibilidade e, consequentemente, maior carga poluente, levando a uma menor produtividade e pior qualidade de água.

COMO O PRODUTOR PODE SABER SE A RAÇÃO É DE QUALIDADE?

A partir das informações obtidas na tabela do produto escrita na embalagem. A cor, odor, aparência da ração (pellets intactos ou muitos farelos) e estabilidade na água também auxiliam na avaliação. Quanto à digestibilidade, palatabilidade da ração, essas não são de fácil avaliação, sendo necessária a confiança na qualidade do fornecedor.

A COMPOSIÇÃO DA RAÇÃO DEVE SER DIFERENTE PARA CADA ESPÉCIE DE PEIXE E FASE DE VIDA?

Sim. Especies de peixes carnivoros possuem mais exigencias de proteína e energia, por exemplo, que os onivoros. Com relação a fase ou idade, os peixes menores necessitam de mais proteína e energia que os animais maiores. Por isso, à medida que o peixe crescem, a quantidade de proteína pode ser diminuída. Esse manejo é essencial pois as rações com maior teor de proteína tem custo elevado.

CASO OCORRA SOBRA DE RAÇÃO NOS TANQUES E PIOR QUALIDADE DE ÁGUA O QUE DEVE SER FEITO?

Neste caso, a quantidade de ração a ser oferecida deve ser reduzida ou suspensa e, se possível, deve-se aumentar a renovação da água até que melhore sua qualidade.

QUAIS OS CRITÉRIOS O PRODUTOR DEVERÁ CONSIDERAR PARA A ESCOLHA DA RAÇÃO?

a) Idade dos peixes: o tamanho da ração deve ser menor do que a boca dos alevinos para garantir a ingestão e evitar perdas; b) hábito alimentar: espécies carnívoras necessitam de um maior teor de proeína bruta que as espécies não carnívoras; c) palatabilidade da ração: a ração precisa atrair os peixes com o paladar, ingrendientes de origem animal, conferem melhor sabor; características físicas da ração: a ração deve flutuar (extrusada), apresentar uniformidade dos pelets e manter-se inteira na água.

COMO A RAÇÃO DEVE SER OFERECIDA AOS PEIXES?

A ração, no geral, é oferecida a lanço de forma manual ou mecânica (alimentadores automáticos). A ração deve ser oferecida aos poucos observando-se o comportamento dos peixes, em vários locais dos viveiros e no caso de tanques-rede nos alimentadores; reduzir alimento em dias nublados e quando a taxa de oxigênio da água estiver abaixo do recomendado para a espécie; suspender alimentação quando houver alterações bruscas de temperatura e os peixes apresentarem comportamento de boquejamento na superfície e evitar alimentar os peixes antes e depois de situações de estresse, como transporte, biometria, seleção.

COMO DEVE SER O MANEJO ALIMENTAR?

O manejo alimentar compreende a quantidade de ração e a frequencia que será oferecida. O ajuste dessa quantidade e tipo de ração deve ser feito quinzenalmente, após a biometria. Importante lembrar que a alimentação na fase de engorda pode ser ajustada mensalmente.

O ARMAZENAMENTO DA RAÇÃO MERECE ATENÇÃO DO PRODUTOR. QUAIS OS PROCEDIMENTOS?

O local escolhido deve ser ventilado, seco, coberto, livre de insetos e roedores, bem como exclusivo para essa finalidade. Os sacos de ração devem ser empilhados sobre suportes de madeira ou plástico e mantidos afastados da parede. Além disso, deve-se evitar estocar ração por mais de 45 dias. Importante considerar a data de validade do produto.

NUTRIÇÃO

A nutrição somado a reprodução e a sanidade são os pilares de grande importância no sucesso da atividade aquícola. A nutrição e o manejo alimentar dos animais aquáticos estão intimamente associados ao crescimento e taxa de conversão alimentar, à qualidade de água, à saúde e resistência a doenças, à tolerância ao manuseio e ao transporte, além de definirem a qualidade da carne e o rendimento de carcaça dos peixes.

OFF-FLAVOR

O off-flavor é o termo em inglês que indica que o sabor do peixe está alterado/desagradável. Esse processo ocorre pelo acúmulo de substâncias produzidas por microalgas, do grupo das cianobactérias (fitoplâncton) em altas densidades. O off-flavor pode ser evitado por meio de um adequado monitoramento e manejo da qualidade da água, controle do crescimento excessivo do fitoplâncton, não ultrapassar os limites de alimentação e povoamento e realizar depuração antes dos animais serem despescados e abatidos. (Lê depuração)

OSMORREGULAÇÃO

A osmorregulação é o processo de equilíbrio osmorregulatório dos peixes (concentração normal de sais no sangue) que demanda um grande gasto de energia e pode ser comprometido sob condições adversas de produção como injúrias físicas decorrentes do manejo de rotina (despesca, biometris, classificações, manejo da reprodução, transferência, infestação por parasitos, uso de produtos químicos, excesso de material orgânico e freqüente exposição dos peixes a condições inadequadas de qualidade de água. Além disso, o gasto de energia no processo de osmorregulação sob tais condições adversas deprimem a resistência e o sistema imunológico dos peixes, tornando-os mais susceptíveis às doenças. (Lê enfermidade e estresse)

OXIGENIO DISSOLVIDO

O Oxigênio dissolvido é um dos parâmetros de maior importância na atividade aquícola, e no geral, deve ser mantido nos cultivos acima de 5mg/L. Normalmente o oxigênio dissolvido na água vem do ar e da fotossíntese do fitoplâncton. Embora o ar seja uma importante fonte de oxigênio, na piscicultura, a velocidade com que a água ganha o oxigênio do ar, de forma natural, é muito menor que a velocidade de consumo dos organismos. Dessa forma, o oxigênio será inserido pelo fitoplâncton e aeradores. Com relação ao monitoramento do oxigênio dissolvido: - Deverá ser feito de manhã (6h) e a tarde (17h), pois as variações dos dados podem mascarar os reais valores que ocorrem na água da piscicultura; - Em viveiros o oxigênio deve ser monitorado evitando-se locais próximos à entrada da água, muito rasos ou isolados; - Não alimentar os peixes enquanto os níveis de oxigênio estiverem abaixo de 4 mg/L; - Realizar aeração nos tanques com risco de atingir níveis críticos de oxigênio, menor que 4 mg/L. Informações importantes sobre o oxigênio dissolvido nos cultivos: a) Através das brânquias, os peixes e camarões realizam a respiração e esse processo envolve a passagem, por difusão, do oxigênio da água para o sangue, e a excreção do gás carbônico do sangue para a água. b) A situação de super saturação do oxigênio dissolvido (acima de 10mg/L) pode causar embolia gasosa nos peixes, com altas taxas de mortalidade. c) Os baixos niveis de oxigenio nos cultivos compromete a resistência dos peixes as doenças, podendo apresentar mortalidade crônica, especialmente na etapa final do cultivo.

PEIXES MORTOS

Os peixes mortos devem ser retirados do interior dos viveiros ou dos tanques-rede, pois esses podem tornar-se fontes de contaminação e disseminação de agentes patogênicos. Além disso, peixes mortos contribuem com a pior qualidade da agua, aumento da taxa de amônia e queda das taxas de oxigênio dissolvido.

pH

O pH é a concentração de ions de hidrogenio que determina se a água está ácida, neutra ou alcalina. O pH da água tem grande influencia na vida dos animais aquáticos de produção, uma vez que sofre alterações significativas e interage com outros parâmetros de importância, como temperatura, oxigênio dissolvido, amônia e outros. Com relação ao monitoramento do pH: deve ser feito diariamente pela manhã e final da tarde e, principalmente, em cultivos com altas taxas de alimentação. Sugestão de estratégias para se reduzir o pH da água: - Controlar do fitoplâncton com renovação de água; - Realizar calagem; - Restringir a oferta de alimentos a níveis seguros; - Aumentar a potência e horas de aeração; - Melhorar a circulação de água nos viveiros; - Reduzir a alimentação dos peixes nos horários em que o pH estiver acima de 8 ou abaixo de 6; - Evitar capturar e transportar os peixes quando a água apresentar pH fora da faixa ideal. Informações importantes sobre o pH: a) as tilápias apresentam melhor ganho de peso e conversão alimentar em pH entre 7,0 e 8,0. b) Invariavelmente peixes e camarões não sobrevivem por muito tempo em águas com pH abaixo de 4 ou acima de 11. c) O pH sofre alterações durante o dia (alcalino) pois esta relacionado com a fotossintese e a noite (ácido) devido a respiração dos organismos aquaticos. d) Quanto maior a abundância de fitoplancton nos viveiros, maior sera a variação no pH ao longo do dia. e) Valores extremos de pH fazem com que os peixes apresentem reduzido consumo de alimento, com prejuízo ao crescimento e conversão alimentar e podem ter a imunidade comprometida, ficando mais susceptíveis a doenças. f) O pH potencializa a toxidez da amônia, determina o percentual da amônia total que está na forma de NH3 ou de NH4. g) A excreção de amônia pelos peixes ocorre facilmente quando o pH da água é menor ou igual ao pH do sangue (7,4 e 7,8). h) Quando o pH da água é bem mais alto do que o do sangue, a difusão da amônia através das células das brânquias fica prejudicada, resultando em intoxicação. i) A queda no pH durante a noite é um alívio para os peixes expostos a concentrações tóxicas de amônia.

PISCICULTURA

COMO SE CARACTERIZA A PISCICULTURA NO BRASIL?

A piscicultura no Brasil possui diferentes características de acordo com a espécie alvo, região geográfica e tecnologia de cultivo aplicada. Empresas devem estar atentas a essas particularidades. Por isso, as rações, as estruturas de cultivo, equipamentos de apoio e manejo, entre outros, devem ser desenvolvidos considerando as especificidades de cada espécie.

PLANCTON

COMO O PLÂNCTON (Alimento Natural, FITO E ZOOPLANCTON) INFLUENCIA NO CRESCIMENTO DOS PEIXES?

Esses alimentos naturais geralmente possuem altos valores energéticos e proteicos e são ricos em minerais e vitaminas. Além disso, os alimentos naturais tem maior importância nos sistemas semi-intensivos (viveiros escavados) de criação ou durante as fases de alevinagem nos sistemas intensivos.

PREBIÓTICOS

Os prebióticos são carbohidratos, do grupo dos monossacarídeos, oligossacarídeos ou polissacarídeos (depende do tamanho de suas moléculas ou grau de polimerização), que beneficiam o balanço entre as bactérias benéficas e patogênicas no trato intestinal, promovendo o crescimento específico das cepas probióticas ou ácido lácticas, principalmente bactérias como Lactobacillus e Bifidobacterium. Infromações importantes sobre os prebióticos: - São capazes de proporcionar um ambiente intestinal mais saudável, causando benefícios zootécnicos, incrementando a produtividade dos cultivos, e também auxiliando na diminuição dos impactos ambientais; - São aditivos naturais que não requererem precauções particulares para sua incorporação à dieta; - Possuem maior facilidade para legalização como aditivo alimentar e/ou ingredientes; - Proporcionam uma maior área de absorção de nutrientes, diminuição da conversão alimentar e maior crescimento dos animais cultivados; - Estimulam o crescimento de bactérias intestinais relacionadas à boa saúde do animal, menor susceptibilidade à doenças e mudança de parâmetros hemato-imunológicos.

PROBIÓTICOS

Os probióticos são micro organismos vivos que quando administrados em quantidades adequadas confere beneficio ao hospedeiro, modificando a comunidade microbiana por meio do melhor uso do alimento, aproveitando o valor nutricional e incrementando a resposta imune. Na Aquicultura o probiótico Saccharomyces (leveduras) está sendo muito utilizado pois contém vários compostos imunoestimulantes como os β-glucanos, ácidos nucleicos, mananooligossacarideos e outros compostos celulares. Infromações importantes sobre os probióticos: - Na atividade aquícola são de grande importância pois modificam e melhoram a microbiota intestinal; - São fonte de energia e nutrientes; - Competem com as bactérias patogênicas pelos sitios de adesão; - Inibem a presenca de microorganismos patogênicos e estimulam a resposta imune; - Permitem melhor crescimento, sobrevivência e qualidade das pos larvas, larvas e alevinos; - Possibilitam excelentes condições sanitárias dos animais e empreendimentos livres de patógenos.

PRODUTIVIDADE

A produtividade é uma etapa importante no sucesso do empreendimento que significa: produzir de forma a maximizar o uso dos recursos disponíveis (instalações, água, mão de obra, energia, etc.) e manter ou melhorar o desempenho dos animais, especialmente quanto à conversão alimentar e o tempo de cultivo. Na atividade aquícola existem algumas estratégias para aumentar a produtividade como: - Aeração (possibilita aumentar a densidade de estocagem e manter as taxas de oxigênio dissolvidonos níveis ideais); - Rações de melhor qualidade; - Produção em fases (alevinagem, recria e engorda); - Espécies resistentes a condições ambientais adversas; - Insumos de qualidade; - Mão de obra capacitada; - Assistência técnica e outros. Essas estratégias possibilitam diluir os custos fixos e minimizar os custos variáveis, em especial os custos com ração. Além disso, com a redução no custo médio de produção pode-se aumentar a margem do produtor e, portanto, a lucratividade do empreendimento.

QUAIS OS FATORES INTERFEREM NO CRESCIMENTO DOS PEIXES?

QUAIS OS FATORES INTERFEREM NO CRESCIMENTO DOS PEIXES?

Podemos afirmar que os principais fatores são: densidade de estocagem, a qualidade da água (temperatura, oxigenio, pH, amônia...), a qualidade do alimento, o manejo alimentar, o nível de arraçoamento, a espécie de peixe, a idade ou o tamanho do peixe, o sexo e a fase de desenvolvimento.

QUALIDADE DE ÁGUA

PORQUE A TEMPERATRA DA ÁGUA INTERFERE NA PRODUÇÃO DE PEIXES?

Os peixes são animais ectotérmicos (pecilotérmicos) ou seja, a temperatura do corpo depende da temperatura do ambiente. Dessa forma, mudanças bruscas de temperatura da água podem interferir no crescimento, reprodução, apetite e nas condições de saúde dos peixes. Para cada faixa de temperatura (°C) os peixes terão um comportamento diferente.

DE QUE FORMA O NÍVEL DE OXIGÊNIO DISSOLVIDO NA ÁGUA INTERFERE NAS FUNÇÕES DOS PEIXES?

Entre as variáveis da água que têm forte influência sobre os peixes, o nível de oxigênio dissolvido é uma das mais importantes. Baixos e altos valores de oxigênio dissolvido, fora dos valores de conforto para a espécie, interferem no crescimento, desenvolvimento, reprodução e saúde dos animais aquáticos.

QUAIS FATORES INTERFEREM NO AUMENTO DA AMÔNIA?

O principal fator responsável pela presença de amônia nos sistemas de criação de peixes é a entrada de grandes quantidades de compostos orgânicos e inorgânicos, por meio de adubos, fertilizantes e rações, os quais contêm níveis elevados de nitrogênio e fósforo.

O QUE É AMÔNIA NÃO IONIZADA?

O nível de amônia aumenta proporcionalmente ao aumento da quantidade de alimento fornecido aos peixes e em situação de temperatura e pH elevados, promovendo a formação de amônia não ionizada (NH3), tóxica para os organismos aquáticos.

QUAL A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA O CULTIVO DE PEIXES?

A qualidade de água inclui todas as características físicas, químicas e biológicas que interagem individualmente ou coletivamente, influenciando o desempenho da produção. A perda do equilíbrio do ecossistema aquático acarreta diretamente a perda do equilíbrio econômico da atividade, trazendo como consequência a diminuição da produtividade e decorrente prejuízo.

O QUE É EUTROFIZAÇÃO?

É o aumento da biomassa (microalgas e plâncton) dentro do sistema de cultivo. Esse processo causa queda nas taxas de oxigênio dissolvido e aumento da concentração de compostos como, nitrogênio e fosforo. Essa situação é prejudicial, uma vez que pode piorar os parâmetros de qualidade da água e causar morte dos peixes.

RAÇÃO

Na atividade aquícola os custos com ração podem alcançar níveis acima de 60% dos custos totais da produção. Dessa forma, é essencia que essa etapa seja organizada de forma correta. Informações importantes sobre a ração na atividade aquícola: - Verificar a data de fabricação, validade e aspecto geral do conteúdo (cor, cheiro, aspecto dos pelets); - Estocar em local limpo, ventilado, livre de umidade e ao abrigo da luz; - Evitar o contato direto com o chão e paredes no armazenamento; - Deixar espaço de 20 centímetros entre as pilhas para permitir ventilação; - Manter o local livre de roedores e insetos; - Distribuir de forma uniforme nos viveiros, - Conter níveis de nitrogênio e fósforo em quantidades adequadas e nao excessivas aos cultivos; - As rações farelada, peletizada ou extrusada devem ser escolhida lenvando-se em consideracao a fase de vida do peixe e a porcentagem de proteina bruta.

REGISTROS

RGP: Registro Geral da Atividade Pesqueira. Todo produtor que exerce atividade aquicola deve se inscrever no RGP. Regulamentado pela IN do MPA nº 6, de 19 de maio de 2011 https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=78802 REGISTRO DE AQUICULTOR: O produtor deve requerer junto à Secretaria da Aquicultura e Pesca – SAP/MAPA a inscrição no Registro de Aquicultor, https://sisrgp.dataprev.gov.br/rgp/web/index.php/registro_aquicultor_solicitar/registroAquicultor

Regulamentação e Licenças

CONAMA n° 413/2009

Conselho Nacional de Meio Ambiente n.º 413, de 26 de junho de 2009, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), estão definidas as normas e critérios para o licenciamento ambiental da aquicultura. http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=608

CONAMA n° 357/2005

Conselho Nacional de Meio Ambiente n.º 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para seu enquadramento bem como estabelecer condições e padrões de lançamentos de efluentes e de outras providências. http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=459

INSTRUÇÃO NORMATIVA

1)IN Nº 4, DE 4 DE FEVEREIRO DE 2015 - Institui o Programa Nacional de Sanidadede Animais Aquáticos de Cultivo -

DECRETO

DECRETO Nº 14.024 DE 06 DE JUNHO DE 2012 (LEI Nº 10.431 DE 20 DE DEZEMBRO DE 2006) - Dispõe sobre a Política de Meio Ambiente e de Proteção à Biodiversidade do Estado da Bahia e dá outras providências. http://www.legislabahia.ba.gov.br/documentos/lei-no-10431-de-20-de-dezembro-de-2006

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

O Instrumento de política e gestão ambiental estabelecido em legislação federal (Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981) e em legislação estadual (Lei Estadual nº 10.431, de 20 de dezembro de 2006 e suas alterações). http://www.seia.ba.gov.br/regularizacao-ambiental/licenciamento-ambiental

LICENÇAS AMBIENTAIS

1)Licença Prévia (LP): estabelece os requisitos básicos que deverão ser atendidas nas proximas fases. 2)Licença de Instalação (LI): é a autorizacao para a instalacao baseada no Projeto tecnico. 3)Licença de Operação (LO): é expedida somente após vistoria, para verificar o efetivo cumprimento do que consta nas licenças anteriores e autorizar a operacao do empreendimento.

LICENÇA DE AQUICULTOR

Ultima etapa para a plena legalidade do empreendimento aquícola. Emitida pela Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministerio da Agricultura Pecuária e Abastecimento - MAPA, o piscicultor necessita da Licença Ambiental ou o documento de dispensa de licenciamento. https://sisrgp.dataprev.gov.br/rgp/web/index.php/licenca_aquicultor_solicitar/licencaAquicultor

INEMA

Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Autarquia da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), é o órgão executor da Política Ambiental do Estado da Bahia: http://www.seia.ba.gov.br/institucional/inema-instituto-do-meio-ambiente-e-recursos-h-dricos

SAL (NaCL)

O sal (NaCl ou cloreto de sódio) é recomendado na profilaxia e tratamento de várias ectoparasitoses de peixes de água doce, bem como para aumentar a proteção do muco e estimular o sistema imunológico dos animais aquáticos de produção. Além disso, o cloreto de sódio interfere na prevenção e controle de doenças; como alívio do estresse relacionado às despescas, biometrias, classificações por tamanho, transferências dos peixes e confinamento durante a depuração; no alívio do estresse do transporte de curta e longa duração; e como amenizador de condições ambientais adversas (toxidez por nitrito, inflamação das brânquias, entre outros). Sugestões para a utilização do sal: 1) Na biometria, seleção, depuração e alívio de estresse utilizar 3 a 8g/L; 2) Na presença de patógenos utilizar 20 a 30g/L por 30 minutos ou utlizar 10 a 12g/L por 4 horas; 3) No transporte utilizar 5 a 8g/L. Informações importantes na utilização do sal na atividade aquícola: - Deve ser utilizado em banhos de imersão de baixa ou longa duração; - Deve ser realizado em tanques de quarentena (geralmente são de alvenaria ou em tanques diferentes dos de cultivo); - Deve ser realizado em horários de temperaturas baixas; - Os tanques de quarentena devem receber aeração em todo o período do tratamento; - Evitar alimentar os animais antes dos banhos de imersão.

SANIDADE

QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS DOENÇAS QUE ACOMETEM OS PEIXES DE PRODUÇÃO?

As principais doenças que acometem os peixes sao causadas por ectoparasitos, endoparasitos, bacterias, fungos e virus.

QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS CAUSAS DE DOENÇAS NA PISCICULTURA?

As principais doenças estao relacionadas com algum tipo de estresse causado por manejo inadequado, problemas na qualidade de água, aspectos nutricionais ou reprodutivos.

SE OS PEIXES APRESENTAREM ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS (natação incorreta, perda de apetite) E FÍSICAS (lesões e injúris) O QUE FAZER?

Deve-se realizar análise da água e em seguida coletar material para diagnóstico com orientações de um profissional capacitado.

COMO E PARA ONDE DEVE SER ENCAMINHADO O MATERIAL PARA POSSIVEL DIAGNÓSTICO?

É importante escolher um laboratório especializado. As informações detalhadas para envio das amostras devem ser obtidas diretamente com o laboratório, pois cada tipo de exame exige transporte e preparo adequado das amostras. Geralmente, o mais indicado é o envio de amostras de peixes doentes, mas ainda vivos.

CASO SEJA DIAGNOSTICADO A PRESENÇA DE ENFERMIDADE, QUAL PROCEDIMENTO NA PRODUÇÃO?

O tratamento e as correções no manejo para a solução do problema devem ser efetuados o mais rápido possível. Para que haja chances de reversão do quadro de sanidade da criação, sempre se deve procurar a orientação de um profissional capacitado, uma vez que a medicação para uso na aquicultura é restrita, bem como o manejo para os tratamentos, apresentam certa complexidade.

QUAIS SÃO AS RECOMENDAÇÕES PARA SE MANTER A SANIDADE DOS ANIMAIS DE CULTIVO?

A recomendação são as AÇÕES PREVENTIVAS de caráter geral como: monitorar a qualidade da água utilizar densidades adequadas, realizar práticas corretas de manejo, garantir a qualidade da ração, investir na capacitação dos funcionários e dos insumos.

SISTEMA TAMPÃO

O sistema tampão é formado pela alcalindade e a dureza totais que possuem como principal função impedir que ocorram variações bruscas no pH da água de um viveiro ao longo do dia. A alcalinidade e a dureza total são expressas em miligramas de carbonato de cálcio por litro (mg CaCO/L). (Lê alcalinidade e dureza totais)

SISTEMAS DE CULTIVO

QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA INTENSIVO?

O sistema intensivo é a criação dos peixes em viveiros ou em tanques-rede, geralmente com apenas uma espécie (monocultivo), utilização de ração como alimento principal, uso de aeradores e é necessário o monitoramento diário da qualidade da água e das condições de sanidade do ambiente e dos animais.

QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA SUPERINTENSIVO?

É um sistema de criação em que se utiliza tanques de alvenaria – raceway ou tanques-rede. Nesse sistema é necessário um grande fluxo de água de boa qualidade para promover a renovação total em um curto período de tempo. O único alimento fornecido é a ração balanceada.

SUSTENTABILIDADE

A sustentabilidade é um processo complexo que envolve um conjunto de práticas que, aliadas, garantem a sobrevivência e atendem às necessidades humanas sem prejudicar a natureza e envolvem os pilares do desenvolvimento social, econômico e a preservação ambiental. Estratégias que podem contribuir com a sustentabilidade da atividade aquícola: - Uso consciente da água e ao tratamento adequado dos efluentes nas fazendas de cultivo de animais aquáticos. - Uso de ração de alta digestibilidade e com teores mínimos de fósforo nos cultivos em viveiros e tanques-rede. - Buscar continuamente inovações e evoluções no design, construção, e operação que possam permitir a possibilidade de remover os resíduos sólidos gerados na produção.

TANQUE-REDE

QUAIS FATORES DEVEM SER CONSIDERADOS NO CULTIVO EM TANQUES-REDE?

Escolher locais adequadas; utilizar tanques de alta qualidade e resistência; estocar alevinos de alta qualidade e em densidades adequadas; respeitar a capacidade de suporte do ambiente; utilizar ração de alta qualidade; realizar manutenção adequada dos tanques, dentre outros.

QUAL O MATERIAL ADEQUADO PARA FABRICAÇÃO DOS TANQUES-REDE?

O material deve ser durável, resistente a predadores, aos raios UV; ser leve e de fácil manejo; ser macio e não abrasivo para evitar lesões nos peixes.

QUAIS AS VANTAGENS DO CULTIVO EM TANQUE-REDE?

O aproveitamento das barragens, represas; manejo simplificado na amostragem, despesca, biometria; facilidade na observação diária dos peixes; melhor sabor da carne dos peixes; possibilidade de realizar cultivos sem interrupção; despesca de peixes com tamanho mais uniforme; possibilidade de criação de diversas espécies em um mesmo ambiente; e menor custo comparado ao viveiro de terra.

QUAIS AS DESVANTAGENS DO CULTIVO EM TANQUE-REDE?

As desvantagens estão relacionadas a necessidade de mão de obra especializada, de limpeza periódica dos tanques, uso de ração de alta qualidade e nutricionalmente completa, maior susceptibilidade de enfermidades devido a alta densidade de estocagem, bem como rompimento das telas com escape dos peixes.

TEMPERATURA

A temperatura da água dos cultivos é o parâmetro físico de maior imprtância na atividade aquícola, uma vez que mudanças interferem no metabolismo dos animais aquáticos. Além disso, a temperatura reage direta e inversamente com outros parâmetros, como por exempo, quando a temperatura e o pH apresentam valores altos, causam aumento da taxa de amonia do cultivo. Dessa forma, deve ser monitorado diariamente pela manhã (6 h) e à tarde (17 h) com possibilidade de correções rápidas e eficientes. Para as tilápias as temeraturas da água devem ser amntidas entre 26 e 30 graus Celsius. Informações importantes sobre a temperatura na atividade aquícola: - Quanto maior a temperatura da agua, maior será o metabolismo dos peixes e maior será o gasto da taxa de oxigenio dissolvido. - Os peixes apresentam baixa tolerância as variações bruscas de temperatura. - Acima ou abaixo dos valores ideais para cada espécie, poderá afetar o crescimento, conversão alimentar, reprodução, saúde e a tolerância ao manejo. - Quando as temperaturas estão fora da faixa ideal os peixes param de comer, se tornam susceptiveis as doencas e morrem. - Não alimentar os peixes nos horários em que a temperatura estiver acima ou abaixo dos valores ideais. - Evitar capturar e transportar os peixes fora da faixa ideal de temperatura.

TRANSPARÊNCIA

A transparência é o parâmetro de qualidade da água que está relacionada com a quantidade de plâncton (fitoplâncton e zooplâncton) dentro do cultivo. O ideal é que a trasnparência esteja entre 35 a 45cm, a água esteja verde, indicando uma adequada densidade de fitoplâncton, que produz oxigênio para os peixes e evita o crescimento de plantas no fundo dos viveiros. O monitoramento da trasnparência deve ser feito com o disco de Secchi, a cada semana, aproximadamente no mesmo horário, de preferência em dias de sol. Quando a trasnparência da água estiver abaixo do valor ideal (35 a 45cm) sugere-se: - Reduzir a alimentação; - Renovar a água; - impedir entrada de outros animais; - plantar grama ou capim nas laterais dos viveiros para evitar erosão - evitar entrada de água turva de enxurradas.

TRANSPARÊNCIA DA ÁGUA

PORQUE É IMPORTANTE OBSERVAR A TRANSPARÊNCIA DA ÁGUA?

Importante acompanhar a trasparência (pois indiretamente reflete a quantidade de plâncton) para se necessário, realizar adubação de manutenção. A transparência da água deve ficar em torno de 35 a 45cm, ser medida com o disco de Secchi, preferencialmente entre 11h e 13h.

TRANSPORTE

COMO PROCEDER COM O TRANSPORTE DE PEIXES VIVOS?

No geral o transporte é realizado em sacos plásticos de 60L ou contendo oxigênio ou em caixas de transporte de peixes com sistema de difusão de oxigênio. Importante levar em consideração o tamanho dos peixes, jejum (24 a 72h), temperatura da água e distância das localidades (tempo do transporte).

TRANSPORTE

O transporte é uma atividade de muita importância na piscicultura, pois a perda dos peixes neste procedimento prejudica meses de trabalho. Informações importantes sobre o transporte: - Deve ser feito em dias com temperaturas amenas; - Os alevinos são acondicionados em sacos plásticos protegidos por caixas de papelão e transportados em carros, caminhões, avião; - Os sacos não devem possuir bordas e necessitam ser protegidos do sol; - Os peixes devem ser submetidos ao jejum por 24 horas: - As embalagens plásticas possuem 1/4 de água limpa e 3/4 de oxigênio com peso entre 10 a 12 kg; - O número de peixes por embalagens varia de acordo com tamanho e espécie; - No geral o transporte pode ser realizado entre 12 a 36 horas; - Peixes adultos e grandes são transportados em caixas de transportes de 500 a 5.000 litros com oxigenação constante.

VACINA

Com a intensificação dos cultivos, maior trânsito de peixes, problemas com sanidade e ineficientes práticas de manejo, a tilapicultura tem sofrido com altas mortalidades causadas pelas infecções bacterianas. Dessa forma, a adoção de boas práticas de manejo, monitoramento da qualidade da água, tecnificação da produção, ração de qualidade, estratégias sanitárias preventivas e o uso de vacinas são algumas das opções à disposição dos produtores para minimizar as perdas.As vacinas são proteínas, polissacarídeos, toxinas (origem microbiana), microrganismos (inativados ou atenuados), parte de bactérias ou vírus que ao serem introduzidos nos seres humanos ou animais estimulam o sistema de defesa de forma específica. O objetivo principal da vacinação é preparar o organismo do animal para combater um determinado patógeno. As vacinas devem ser utilizadas como medida preventiva e não terapêutica. Consulte um técnico especializado sobre a disponibilidade das vacinas no Brasil, adequado uso da vacinação em sua produção e avaliar os benefícios produtivos e econômicos alcançados.

VIVEIRO

Os viveiros escavados ou tanques de terra, no geral, são utilizados na produção semi intensiva. Nesse tipo de sistema de cultivo é necessário adotar estratégias eficazes e contar com equipamentos e estruturas que facilitem a despesca, a biometria, o manejo e a classificação dos peixes por tamanho. Alguns fatores são determinantes na produção em viveiros, são eles: * Qualidade e sobrevivência dos alevinos e juvenis. * Estratégias para minimizar o impacto da reprodução indesejada. * Estratégias de produção em fases. * Eficiência do manejo, classificação e transferência dos animais. * Monitoramento da qualidade da água, em particular do oxigênio dissolvido. * Adequado manejo nutricional e alimentar. * Biometria, despesca, seleção e trasnportes eficientes.